terça-feira, 1 de maio de 2018

A mesma praça

OBSERVASTORIUM 250817

Depois de um longo e tenebroso inverno, o dia amanheceu colorido. O tom amarelo predominou e influenciou as outras cores, apesar do cinza assustar. O Sol resistiu o quanto pode e o céu desabrochou num belo tom de azul. Mesmo assim, todos os dias, ela encara o observador A amendoeira sofre do “Mal de Parkinson” atiçado pelo vento; nunca melhora; as suas folha despencam e cobrem todo o chão sobs sua sombra.

Casais de todas as idades, de mãos dadas, abraçados um ao outro ou as suas bengalas, se guiam pelos traçados das calçadas riscadas. É peculiar o cuidado que um tem com o outro.

Apesar do sol dourado, a brisa que acalenta a amendoeira esfria a pele descobertas dos corpos sarados e outros relaxados que desfilam. O responsável pela festa matinal é o clima.

As caixas com rodas em torno da praça permanecem inertes enquanto outras, em quantidade reduzida transitam freneticamente pelo local.

As motocicletas que raramente atravessavam a praça, agora, são mais constantes do que as caixas. Algumas se exibem como se fosse partir desse mundo irritando os transeuntes que reagem.

É assim o dia comum na vida da gente e da praça.

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