sexta-feira, 18 de junho de 2010

“Hábitos de Informação e Formação de Opinião da População Brasileira”

O Planalto encomendou pesquisa para saber a quanta anda a leitura do brasileiro. Descobriu que 46,1% deles lêem jornal. Mas não foi só isso, a amostragem também descobriu outros dados interessantes que merecem destaque: 21,4% dos entrevistados dizem se interessarem por notícias em geral; a maioria, porém, 68%, acompanham pouco; felizmente, a minoria, da amostragem, 10,2%, não acompanha.

Jornal

41,6% dos brasileiros Lêem jornais, e 39,4% lêem revistas. A pesquisa também constatou de que os brasileiros gostam mesmo é de se informar pelos meios de comunicação televisivos. A prova disso é que 96,6 dos entrevistados assistem TV; 80,3% preferem o rádio. Donde se conclui que somente 16,3% destes se dedicam em assistir TV. Os jornais ocupam terceiro lugar da preferência nacional. A internet se esforça para acompanhá-los.

Há poucos leitores de jornal. Segundo a pesquisa 24,7% o lêem diariamente; 30,4% lêem uma vez por semana; 42,3% lêem somente aos domingos; e 30,4% consideram a segunda-feira o dia ideal de leitura.

A pesquisa chegou a entrevistar 12 mil pessoas em 539 cidades do país.

Internet

46,1% dos entrevistados têm o hábito de acessar a Internet. Sendo que 66,5% o fazem em casa. A banda larga é o serviço mais utilizado para acesso a Internet. A Internet faz a felicidade de quase 80% dos sortudos. Porém, a informação não é a prioridades dos destes: 24,8% buscam informações; e 47,7% lêem jornais na net.

TV

Agora pasme com a surpreendente constatação da pesquisa: 69,4% dos entrevistados consideram a TV o meio de comunicação mais confiável. Porém, o poder de influência dos meios de comunicação não faz a cabeça dos usuários. Mas 7,9% dos telespectadores admitem que seja influenciado pelos meios de comunicação; e 62,9%, esporadicamente.

Pode-se concluir que apesar do poder de influência da imprensa ela não é isenta e nem imparcial. Para mais da metade dos entrevistados a redação é tendenciosa e parcial. E somente um quarto dos entrevistados acredita que a imprensa concebe informação isenta.

Fonte: Dados obtidos em informação publicadas pelo Estadão, Negócios, 18/06/2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Novos títulos para e-books

A história se repete. Livraria Cultura faz contrato com editoras para ampliar catálogo de e-books em português.

Até o fim de junho, 2010, a pagina da livraria, que tinha 1.200 títulos dentre os quais 700 nacionais, pretende comprar mais cem títulos nacionais.

A Cultura assinou contrato com sete editoras dentre as quais, cinco: Record, Objetiva, Rocco, Sextante, Planeta, mais Moderna e Salamandra, se juntaram para criar a DLD (Distribuidora de Livros Digitais). O valor de cada título gira em torno de 30% menos que os de papel.

Criar a Distribuidora foi fácil, porém, fazer funcionar é que são elas. A plataforma só funcionará mesmo em dezembro de 2010. A proposta do contrato tem por objetivo controlar a venda dos e-books.

Quem já ouviu falar em Assis Chateaubriand? Pois saiba que esse visionário e pioneiro da comunicação no Brasil pretendeu montar uma emissora de televisão. Entretanto alguém o alertou para a falta de aparelhos receptores no país. Depois que a ficha caiu, ele importou três aparelhos. Mais tarde, comprou dos americanos uma estação inteira pela qual não pagou um centavo. Para isso cedeu a venda dos aparelhos aos americanos. (Baseado na Folha, 16062010).

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Livros Flutuantes

Nova York ganhou um Clube do Livro OHWOW (Our House West of Wynwood). Um espaço de apenas 14 metros quadrados no bairro de Greemwich Village onde vendem-se livros de arte e desingn exclusivos.
A pretensão do decorador era transformar o espaço em um grande banheiro nova-iorquino. Porém, para as pessoas que o curtem a impressão é de um aquário. As paredes são azuis e o piso é branco e preto. Rafael de Cardenaz, autor do projeto, pretendia explorar a sensação de desorientação ao dar a impressão ao fazer os livros flutuarem. O projeto é uma desordem proposital inclusive na posição das prateleiras.

Fonte: ESTADÃO

O Assassinato de Uma Biblioteca

A destruição do acervo de répteis do Instituto Butantan é lastimável e inestimável. Quando algo valioso e  insubstituível se perde o sentimento de impotência atinge a alma das pessoas, principalmente as que estão envolvidas. O mesmo pode-se dizer do acervo de uma biblioteca. Livros contam histórias e é história, a prova, de que a  humanidade faz sentido às civilizações futuras. O que seria dos estudos arqueológicos sem os documentos dos porões das bibliotecas?  

Em 2005, parte dessa memória ficou perdida. Assim como no Butantan, um incêndio transformou em cinzas 15 mil livros da Escola António Cristino Cabral, no município de Sertãozinho, SP. Segundo a prefeitura, um prejuízo de mais de 300 mil reais.

O Corpo de Bombeiros disse talvez o incêndio tenha sido criminoso.  Eles encontraram a cantina arrombada e indícios de que os meliantes tinham levado as guloseimas dos alunos. as Provavelmente por adolescentes. A falta de doces e de um  VHS atestam as suspeitas..

Livros, são substituíveis, pensarão alguns? Sim são substituíveis. Mas não aqueles livros destruídos pela ação de marginais incultos. Se os assassinos da biblioteca fossem enculturando saberiam que poderiam “ganhar algum” sequestrando o acervo e não destruindo-o. Ganhariam eles e os mais de mil alunos que se tornaram órfãos de conhecimento.

Os funcionários da escola disseram que não conseguiram entender o motivo do incêndio, apesar da suspeita de crime. Não há o que entender.

O que fazer quando trabalhos de alunos de quase 50 anos foram destruídos? A resposta para a tragédia está atrelada ao problema social, cancro que assola a sociedade e as suas desigualdades de oportunidade. A responsabilidade pelos desleixos sociais que descambam em atos criminosos como esses e tantos outros espalhados pelo país estão nas mãos de nossos governantes cujas mãos cheiram a fumaça.