quinta-feira, 29 de junho de 2017

O marketing de Satanás

     Na aula de Arqueologia Bíblica discutimos sobre o passado oculto da história do homem, presente tão somente nos documentos, nos escritos passados de geração em geração, e pela tradição oral. Hoje, sabemos alguma coisa sobre o contexto dos relatos bíblicos graças a misericórdia de Deus e da Arqueologia. Há mais a ser descoberto. Porém é preciso se preparar para isso porque o volume dos achados sobrepuja os de analistas.

     O professor perguntou se deveríamos buscar o que estava oculto em relação à Bíblia ou se deveríamos deixar como está. Qual é o plano de Deus para as relíquias e documentos históricos sobre a historicidade bíblica?

     Quando a mulher foi tentada por Satanás no jardim do Éden, se apresentou a ela na forma de um animal astuto criado por Deus – uma serpente que sondou a espécie humano.

      Satanás queria saber o que Deus disse a eles sobre a árvore do conhecimento. Que era a única fruta do jardim do Éden proibida para ela e seu companheiro. Satanás sabia dessa proibição, mas queria ouvir da Eva para forçar uma conversação para envolvê-la e conseguir que ela aceitasse a sua sugestão – desobedecer a Deus.

      mulher tenta resistir a estratégia de marketing. Até que capitula e compra o que não precisava. Satanás conseguiu vender a Eva o que ela não queria comprar. Satanás foi um bom vendedor de ilusões: Você não tem diante de si uma fruta! Não! Ela é mais do que isso. Se você comê-la deixará de ser criatura e se torna deus. A fruta vai tornar você com os mesmos poderes daquele que a criou! Se você pegar a fruta e comê-la seus olhos serão abertos e você vai conseguir enxergar coisas que no momento parem impossíveis!

Eva pecou em pegar a fruta? Pecou. Mas ainda havia uma esperança para a inocência de Eva se ela não à levasse a boca. Mas ela levou, sentiu o cheio, mordeu e engoliu.

Todas as árvores do jardim do Éden eram formosas aos olhos e tinham frutos suculentos e agradáveis. Eva nunca seria tentada se Satanás não burilasse em seus ouvidos. Depois que disso tudo o que é proibido passou a ser desejável. (Gn3.6).

Quando lemos este versículo temos a impressão que o ouvimos sussurrar o vocativo de satisfação: Yes! Silada!.

Para vender a desobediência à Eva, Satanás fez uso um marketing poderoso. Está técnica continua fazendo a cabeça da humanidade até hoje, ou seja, principalmente hoje. Ele sondou a “vitima”, descobriu suas necessidades, apresentou o produto e a mulher comprou. A mulher não queria, não estava precisando, mas comprou. E agora, como ela poderia devolver aquela coisa? Satanás agiu como os comerciantes brasileiros: a mercadoria saiu da loja, não há nenhuma possibilidade de devolução. Satanás não aceita devolução. Comprou gato por lebre em dolorosas prestações a perder de vista. A humanidade está pagando até hoje.

Nesse caso não adiante chamar a Patrulha do Consumidor.

Sinais proféticos: Em busca da “fonte da juventude”

     Ruy Castro, colunista da seção “Opinião” (“Fonte da juventude”, Folha, 05/04/2017) escreveu sobre a ciência e a sua capacidade de se abster de catástrofes pelas quais passa incólume. Porém, o que interessa mesmo é o contexto do seu argumento ao abordar o empenho da Ciência de tornar o homem imortal.

     Segundo o texto, “em breve, todas as mazelas do envelhecimento – câncer, demência, problemas cardiovasculares, saúde física, psíquica e degenerações várias – serão eliminadas se, e somente se, forem detectadas previamente e submetidas a uma intervenção tecnológica”. O que isso quer dizer?

     Segundo Ruy Castro, quer dizer que nós não devemos nos surpreender se num futuro próximo o homem chegar à idade do Matusalém bíblico (mais de 900 anos). O que diz a tese do gerontologista britânico Audrey de Orey. No futuro as pessoas continuarão morrendo, mas de catástrofes alheias, ou seja, não mais por fadiga de material.

     Mas ai urge uma nova questão: Será que a vida se mantém produtiva durante o milênio particular? A Bíblia registra diversos protagonistas que se projetaram depois dos 100 anos – Adão, Abraão, Matusalém, Enoque, Moisés etc. Depois de séculos e milênios de intenso pecado restou ao homem apenas um viés bíblico e mesmo assim somente para não morrer antes da hora. Tiago escreve que “a nossa vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece”. (Tg4.14).

     Atualmente só existe um viés para o prolongamento da vida: Os “Dez Mandamentos”, para uma vida integral com Deus, “porque Deus ordenou dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: quem maldisser ao pai ou a mãe, certamente morrerá” (Mt 15.4) Amar a Deus sobre todas as coisas; ouvir a voz do Espírito Santo, para alcançar “o prolongamento dos seus dias...” (Dt 30.20). A obediência ao mandamento não é passaporte para que a idade seja mensurada em séculos e milênios, mas evitar o fim antecipado.

     Estamos falando de ciência dos homens que se multiplica às portas da volta do Senhor Jesus, um dos sinais proféticos que alerta os homens para o ajuste de contas com Deus é a multiplicação da ciência do homem e a consequente subversão aos mandamentos do Senhor. Esse prêmio – prolongamento da existência - que o homem tenta antecipar não tem o aval de Deus. Todos os que vencerem o mundo terão como prêmio a vida eterna. Sinta as palavras de Moises nesta oração: “Os dias de nossa vida chegam a 70 anos, e se alguns, pela sua robustez, chegar a 80 anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando”. (Salmo de Moises 90.10). Você crê nisso?

Leis de Murphy ou Lei de Gerson?

     No Brasil “As leis de Murphy” não são populares como nos EUA. No Brasil a lei que é tão popular como a de Murphy é “A lei de Gerson”.


     As leis de Murphy são o conjunto de observações cotidianas da vida experiente, como: “Se alguma coisa der errado, dará.” E, “Você não pode simplesmente fazer algo por fazer; tudo tem suas consequências.” Sim! Escolhas têm consequências.

     Quando o homem se afasta de Deus não e só ele que lhe dá com as consequências; sobra também para os que estão à sua volta. Se, um dia, esse que se afastou e contribuiu para o afastamento de outros alcançar misericórdia de Deus, talvez os que saíram a reboque não voltem mais.

     Repito: Sim, nossos atos têm consequências, como no caso das pessoas que se perderem de vez; os responsáveis estarão com as mãos sujas de sangue que será requerido dos responsáveis.

     Se acontecer o inverso, em vez de se afastarem de Deus, se aproximarão mais, e a influência será satisfatória.

     A Lei de Murphy e a de Gerson são funestas. Por isso é importante buscar “orientação de Deus antes de tomar decisões”. “Pessoas que seguem a Cristo atingem as que estão em seu perímetro”.

Fonte: Baseado em texto do “Pão Diário”, 2016