quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Biblioteca Nacional do Brasil celebra os 201 anos



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Neste sábado, dia 29/10, a Biblioteca Nacional do Brasil festeja seus 201 anos, data que também marca o encerramento das comemorações do seu bicentenário. Ao longo dos últimos 12 meses, a BN realizou uma série de atividades, tanto no prédio da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, como em várias partes do Brasil e do Mundo.

 “Ao mesmo tempo em que encerramos as celebrações do bicentenário, data tão importante para a história extraordinária da Biblioteca Nacional, já começamos a discutir e a pensar no futuro da instituição, de olho nos próximos 200 anos”, afirma o presidente da FBN, Galeno Amorim.

Como parte das celebrações do bicentenário, em um ano, a BN realizou três grandes exposições de arte – BN 200 anos, Brasil Feminino e Giorgio Vasari - , ampliou sua agenda cultural, oferecendo palestras e encontros quase que diariamente, além de ampliar o horário de funcionamento para os fins de semana. “Tudo para poder oferecer à população cada vez mais e mais opções culturais”, diz Galeno.

Considerada pela Unesco uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, hoje, sob sua guarda, somam-se mais de 9 milhões de peças. Centenas de pesquisadores, estudantes, turistas, passam diariamente pelo prédio, que funciona como sede da Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC).

O início do itinerário da Biblioteca está ligado a um dos mais decisivos momentos da história do Brasil: a transferência de toda a família real e da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, quando da invasão de Portugal pelas forças de Napoleão Bonaparte, em 1808.

O acervo trazido para o Brasil, de sessenta mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, foi inicialmente acomodado numa das salas do Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. Em 29 de outubro de 1810, um decreto do Príncipe Regente determinou que o lugar acomodasse a Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática. A data de 29 de outubro de 1810 é considerada oficialmente como a da fundação da Real Biblioteca que, no entanto, só foi franqueada ao público em 1814.

O prédio atual da FBN teve sua pedra fundamental lançada em 15 de agosto de 1905 e foi inaugurado cinco anos depois, em 29 de outubro de 1910. O prédio foi projetado pelo General Francisco Marcelino de Sousa Aguiar, e a construção foi dirigida pelos engenheiros Napoleão Muniz Freire e Alberto de Faria. As instalações do novo edifício correspondiam na época de sua inauguração a todas as exigências técnicas: pisos de vidro nos armazéns (ainda existentes), armações e estantes de aço com capacidade para 400.000 volumes, amplos salões e tubos pneumáticos para transporte de livros dos armazéns para os salões de leitura.

Últimos eventos da celebração do Bicentenário
Giorgio Vasari e a invenção do artista moderno – Como último dos eventos dentro das comemorações do bicentenário da Biblioteca Nacional, foi aberta a exposição que marca os 500 anos do nascimento do pintor e arquiteto italiano Giorgio vasari, reconhecido mundialmente como o primeiro historiador da arte. Incentivador de artistas como Michelangelo e amigo da poderosa família dos Médici, ele atendeu a encomendas de príncipes e papas. Vasari foi o idealizador da arquitetura da Galleria degli Uffizi , hoje sede do principal museu de Florença e fundador da primeira academia de belas artes, a Academia das três artes do Desenho, de 1563. A exposição conta com três edições de “Vidas dos mais excelentes pintores, escultores e arquitetos” - livro fundador da historiografia artística, lançado originalmente em 1550 por Vasari. Ao todo, 110 peças do acervo da Biblioteca levando a história do Renascimento italiano para o coração do Rio de Janeiro. Até o dia 11 de dezembro, com entrada franca, de terça a domingo.

200 anos, no Senado - Exposição que celebrou os 200 anos da Biblioteca Nacional está agora exposta em Brasília, até o dia 18 de novembro, na biblioteca do Senado Federal. Ela exibe a história da BN, desde sua viagem para o Brasil, com a Corte Portuguesa, em 1808, até os dias de hoje, e faz um passeio sobre o acervo de livros, manuscritos, periódicos, pinturas, partituras musicais, entre outras peças ligadas ao acervo. No terceiro andar da Biblioteca, uma exposição especial conta a história do edifício, fundado em 1910.

ESPECIALISTAS DA FBN PARTICIPAM DO IV FÓRUM DA REDE NE DO LIVRO, DA LEITURA E DA LITERATURA

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A Fundação Biblioteca Nacional será representada por um time de especialistas em livro, leitura e literatura, temas que serão debatidos em Salvador. Cadastro Nacional de Bibliotecas Públicas, investimentos em projetos de leitura no nordeste, a revitalização de bibliotecas e a internacionalização da literatura brasileira são alguns dos assuntos a serem abordados durante os dois dias de evento, na capital baiana.
 
Cinco coordenadores e diretores da Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC) participam do IV Fórum da Rede NE do Livro, da Leitura e da Literatura, dentro da programação da Bienal do Livro da Bahia, que ocorre até 6 de novembro. O encontro pretende discutir, atualizar e difundir as políticas dos nove estados da região. Nos dias 3 e 4 de novembro , o evento acontece no Auditório Jorge Amado, no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador.
 
No dia 3, a mesa de abertura às 10h45 contará com a presença de Fabiano dos Santos, diretor do Livro, Leitura e Literatura do Minc. No mesmo dia, ele participa da primeira mesa do fórum, que discute “Compra Regionalizada e Políticas Públicas para o Livro, a Leitura e a Literatura no Nordeste”.
 
Elisa Machado, Coordenadora do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), está na segunda mesa do evento e debate “Notícias da Biblioteca”.  “Vou focar nas ações do SNBP, que em 2011 iniciou o cadastro de bibliotecas de todo o país”, explica Elisa. A coordenadora vai explicar a importância do cadastro e que é por meio dele que, tanto governo como sociedade civil, terão acesso a dados úteis para análises visando o desenvolvimento de políticas públicas na área.
 
A Secretária Executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura, Maria Antonieta Cunha, também participa dessa mesa. Ela pretende discorrer sobre o papel da biblioteca como espaço de conhecimento e lazer e grande promotora de ações de leitura. Antonieta dará ainda atenção especial à atual situação da leitura no nordeste. “Quero destacar as diferenças nesse campo e discutir medidas podem ser tomadas nessa região do país”, resume.
 
O debate sobre “A produção criativa no Nordeste: escritores e mercado profissional” ocorre dia 4, às 10h. Tuchaua Rodrigues, coordenador do programa do Livro Popular da FBN, participa da conversa. Entre os temas, a entrada de autores no mercado, a importância do editor nordestino e o papel das editoras regionais. “O nordeste tem uma bibliodiversidade muito grande, que deve ser mantida e explorada”, afirma.
 
A mesa “Nordeste do Brasil na Feira de Frankfurt 2013” levanta a participação dos escritores e editores da região durante as homenagens e comemorações que o país terá durante a maior feira de livros do mundo. Para falar das ações da FBN em Frankfurt, o IV Fórum convidou a coordenadora dos programas de internacionalização da literatura brasileira, Moema Salgado. Entre os assuntos estarão os programas: Bolsas de Tradução e a vinda de tradutores estrangeiros para vivenciar a cultura local.
 
“Leitura das Proposições do IV Fórum da RENELLL” é o tema da mesa final do evento, que também contará com Fabiano dos Santos. O debate começa às 17h e fecha o IV Fórum da Rede NE do Livro, da Leitura e da Literatura, evento que faz parte da programação da Bienal do Livro da Bahia 2011.
 
Atendimento:
Fábio Diegues
21 3095-3803 ou 9658-7871

terça-feira, 1 de novembro de 2011

21 dicas para conservar seus livros e sua biblioteca


O livro é um patrimônio precioso sob ponto de vista cultural e econômico. O valor cultural de um livro talvez seja incalculável. Já seu valor econômico está associado a seu estado de conservação. O enriquecimento cultural que ele lhe traz acontece durante o processo de leitura. Por outro lado, um livro é um bem de consumo que pode ser negociado, o que traz um duplo benefício: você passa adiante o valor cultural (sem perdê-lo!!!) e ainda pode ter um retorno financeiro.

Todos sabemos que o custo de um livro novo nas livrarias ainda é alto para os padrões médios dos brasileiros; por isso, a prática de venda/compra de livros usados é uma excelente alternativa para a disseminação do patrimônio cultural. Neste sentido, a conservação do "objeto" livro é de fundamental importância.


1.   Grandes quantidades de livros são pesadas. Dê atenção a espessura das prateleiras.

2.   O livro deve ser constantemente manuseado. O virar das páginas oxigena o material, impede a acumulação de microrganismos que atacam o papel e colabora para que as folhas não fiquem ressecadas e quebradiças.

3.   Folheie rapidamente, mas cuidadosamente, o livro sempre que for colocá-lo de volta na prateleira. Isso vai arejá-lo.

4.   Não guarde os livros acondicionados em sacos plásticos, pois isto impede a respiração adequada do papel.

5.   Evite encapar os livros com papel pardo ou similar. Essa aparente proteção contra a poeira causa, na realidade, mais dano do que benefício ao volume em médio e curto prazo. O papel tipo pardo, de natureza ácida, transmite seu teor ácido para os materiais que estiver envolvendo (migração ácida).

6.   Faça uma vistoria anual. Retire todos os livros, limpe-os com um pano seco. Limpe a estante com um pano úmido. Evite passar produtos fortes do tipo lustra-móveis, já que seus resíduos podem infiltrar no papel.

7.   Deixe sempre um espaço entre estantes e parede. A parede pode transmitir umidade aos livros. E, com a umidade, surgem os fungos.

8.   Armários e estantes devem ser arejados. Estantes fechadas devem ser periodicamente abertas.

9.   Estantes de metal são preferíveis do ponto de vista da conservação dos livros.

10.        Não use clipes como marcadores de páginas. O processo de oxidação do metal mancha e estraga o papel.

11.        Em estantes de madeira, pense em revestir as prateleiras com vidro. Não use tintas a base de óleo.

12.        Bibliotecas devem ser freqüentadas. Nem pense em porões. Baixa freqüência de pessoas aumenta a insidência de insetos. Considere um tratamento anual contra traças.
13.        Não guarde livros inclinados. Aparadores podem mantê-los retos.

14.        Encadernações de papel e tecido não devem ser guardadas em contato direto com as de couro.

15.        Na prateleira, os livros devem ficar folgados. Sendo fáceis de serem retirados, duram mais. Comprimidos nas prateleiras, induzem a sua retirada de maneira incorreta, o que danifica as lombadas e fatalmente leva ao dano da encadernação. Livros apertados também favorecem o aparecimento de cupins.

16.        Quando tirar um livro da prateleira, não o puxe pela parte superior da lombada, pois isso danifica a encadernação. O certo é empurrar os volumes dos dois lados e puxar o volumedesejado pelo meio da lombada.

17.        A melhor posição para um livro é vertical. Livros maiores devem ter prateleiras que permitam isso. Em último caso deixe-os horizontalmente, tomando-se o cuidado de não sobrepor mais de 3 volumes.

18.        Luz do sol direta nem pensar. O sol desbota e entorta as capas.

19.        Se for um livro antigo ou de algum outro valor ou de maior sensibilidade, lave as mãos antes de folheá-lo, já que mãos engorduradas contribuem para a aceleração da decomposição do papel. Evite umedecer as pontas dos dedos com saliva para virar as páginas do livro.

20.        Ao ler um livro, evite abri-lo totalmente, como por exemplo, em cima de uma mesa. Isto pode comprometer a estrutura de sua encadernação.

21.        Não utilizar fitas adesivas tipo durex e fitas crepes, cola branca (PVA) para evitar a perda de um fragmento de um volume em degradação. Esses materiais possuem alta acidez, provocam manchas irreversíveis onde aplicado.

[Fonte: Livros e Afins]

Coisas que a superstição inventa


A palavra ANTIKIITHON é um nome complicado, inventado para designar uma coisa que não existe. ANTIKIITHON significa “contra-Terra”, alguma coisa que se antepõe a Terra. A palavra existe, faz parte do vocabulário da língua grega, porém o que não existe é o que ela designa. Senão vejamos:

Pensou-se, na antiguidade, que devia existir um planeta na mesma órbita que a terra descreve em torno do sol, mas em tal relação de movimento com o nosso planeta que nunca o podíamos ver, por se interpor o disco solar.

Ora, a idéia de um planeta “do outro lado” da órbita terrestre foi inventada há mais de 2.000 anos pelos filósofos pitagóricos,  constrangidos por uma necessidade de sua filosofia de arranjar outro corpo celeste. Nesse tempo eram conhecidos s Sol, a Lua, Mercúrio, Venus, Marte, Júpiter e Saturno. Além disso, os adeptos de Pitágoras, supunham o sol simples  reflexo de um “fogo central”. Isso quer dizer que o Universo que eles conheciam continha, incluindo a terra, nove astros. Ora, como o número Nove para os pitagóricos era um número supersticioso e adverso, os seus teóricos firam-se forçados  a inventar e  que apontar a existência de uma “contra-Terra”, e deram a essa coisa que não existe , o nome pomposo de ANTIKIITHON, para que seus adeptos não se impressionassem com o fato de haver Nov e astros.

É claro que nenhuma outra escola filosófica, das muitas que existiram, admitiu tal invenção. Ninguém deu crédito à invenção de uma coisa que não existe, mas o fato é que a palavra ficou e corre mundo.
[Lições Bíblicas, 1960)