sexta-feira, 4 de abril de 2014

Arqueólogos encontram cidade bíblica de 3.800 anos em Israel

Pesquisas arqueológicas realizadas em Israel resultaram no descobrimento da chamada "Cidade da Primavera"

O local, famoso quando Davi e seu filho Salomão eram reis de Israel, foi construído para salvar e proteger a água da cidade dos inimigos que tentavam dominá-la.

Ao mesmo tempo era usada para proteger os cidadãos que voltavam para suas casas após irem buscar água no local. O local é descrito no livro bíblico de Reis, sendo protegida pela fonte de Giom. Foi ali que Salomão foi ungido pelo sacerdote Zadoque como rei, por ordem de Davi, seu pai. O local foi escolhido porque Davi sabia que seus inimigos políticos tinham um plano para tomar a sucessão do reinado.

A escavação aconteceu na Cidade de Davi, no Parque Nacional de Davi, em Jerusalém. Foram necessários 15 anos de trabalho. O trabalho foi coordenado pelo professor Ronny Reich, da Universidade de Haifa, e Eli Shukrun, integrante da Autoridade de Antiguidades de Israel.

Eles acreditam que a Cidade da Primavera tem pelo menos 3.800 anos, sendo a maior fortaleza cananeia que resistiu ao tempo. Também seria a maior fortaleza conhecida na região antes do reinado de Herodes, após a conquista romana.

A revelação da descoberta tem um significado duplo. O primeiro é científico, já que existe uma forte corrente dentro da arqueologia a qual afirma que Salomão nunca existiu, pois não há nenhum documento histórico que fale sobre ele além da Bíblia. A descoberta da Cidade da Primavera é a terceira nos últimos anos que comprova relatos bíblicos sobre partes da vida de Salomão.

A segunda é profética, pois a ideia de reconstrução do templo de Salomão, um antigo sonho dos judeus ortodoxos, é fortalecida toda vez que se mostra que os relatos bíblicos sobre ele são verdadeiros. Tanto judeus liberais quanto os muçulmanos que dominam o monte do Templo afirmam que jamais houve um templo naquele local construído por Salomão, pois não existe "comprovação arqueológica" disso. Com informações de Jerusalém Post.

http://www.dm.com.br/texto/171963

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Dos tabletes sumérios de argila aos tablets de vidro e alumínio modernos

Pablo Massolar

Muito antes dos livros existirem como objetos físicos, os contadores de histórias transmitiam dados essenciais às sucessivas gerações de forma oral. A linguagem, como a conhecemos hoje, nem havia se formado ainda mas as histórias eram contadas por meio de gestos rítmicos, acompanhados de fonemas significativos, ao som da batida de pedra contra pedra, do uso de troncos ocos como tambores e do sopro amplificado por chifres de animais.


Com a evolução da linguagem falada, os antigos sumérios foram o primeiro povo a desenvolver a escrita cuneiforme. Eles a utilizavam em pequenos tijolos ou tabletes de barro, por volta do ano 4000 A.C., para registrar informações importantes sobre sua história, transações comerciais e instrução de rotas e navegação para viajantes.


Aqueles que tinham acesso e compreensão do que era talhado nos tabletes sumérios possuíam grande vantagem competitiva no comércio e até na política daqueles dias.
Muito tem se falado hoje do crescimento do mercado de tablets como uma possível alternativa à indústria da mídia impressa. Fala-se, inclusive, de uma canibalização ao mercado de computadores e notebooks. Mas, com quais finalidades os modernos tablets são utilizados? Não será, na verdade, um retorno ou uma repetição, respeitadas as devidas proporções, do mesmo modelo de leitura e informação desenvolvido pelos sumérios? Também utilizamos nossos tablets e smartphones para transações comerciais, registros do nosso cotidiano e informações de navegação via GPS.


O mercado de tablets, como o conhecemos hoje, surgiu em janeiro de 2010, quando Steve Jobs anunciou o lançamento do iPad. Mas, antes disso, um produto fisicamente similar, embora com experiência mais limitada, ganhava a atenção da mídia e, consequentemente, dos consumidores. Eram os leitores digitais – ou e-readers – representados, principalmente, pelo Kindle da Amazon. Assim que foi lançado pela Amazon, em novembro de 2007, o Kindle foi um sucesso de vendas. Todo seu estoque foi vendido em pouco mais de 5 horas, voltando às prateleiras apenas em abril do ano seguinte. Desde então tem sido um sucesso de vendas. Embora a fabricante não divulgue seus números de vendas, o Citi Investment Research estima que, desde seu lançamento, tenham sido vendidos mais de 3.6 milhões de unidades apenas nos Estados Unidos. Entre suas principais funcionalidades, estão a leitura de livros, revistas e jornais. O aparelho pode ter conexão com a internet mediante pacote de dados ou acesso sem fio.


Na verdade, o primeiro leitor de livro eletrônico a ser comercializado nos Estados Unidos foi o Rocket-ebook lançado em 1998 pela Nuvomedia. Empresas como a Sony também tentaram se aventurar neste modelo de negócio, mas quem obteve sucesso mesmo foi a Amazon com o Kindle.


Foi baseado nesse sucesso e na proposta de inovação que foi lançado, tardiamente em 2010, o iPad da Apple. Desde então, tem sido um dos produtos de maior desejo entre os consumidores, inclusive no Brasil.


De acordo com pesquisa realizada pela empresa AdMob, empresa de mobile marketing do Google, os principais usos dos tablets são: jogos, com 84% de resposta, procura de informações, com 78%, e-mail, com 74%, e leitura de notícias com 61%. O tablet é usado para leitura de livros digitais em 46% das vezes.


Segundo a Anatel, no Brasil um celular é ativado por segundo e, por minuto, são vendidos 5 tablets, 11 desktops e 17 notebooks. Mas a curva de venda de tablets é mais rápida que a dos demais concorrentes.


Um outro fator que vem contribuindo para o aumento do uso de tablets para leitura é a decisão de algumas escolas adotarem o dispositivo em substituição ao livro impresso. O Ministério da Educação pretende adotar o uso de dispositivos e livros digitais até o final de 2015.


Todas essas medidas fortalecerão o uso de tablets para leitura. As novas gerações de leitores que estão em processo de formação serão treinadas na leitura em dispositivos eletrônicos. Muito provavelmente, ao contrário do que acontece hoje com a maioria dos leitores que preferem o livro impresso ao eBook, haverá uma inversão de preferência em alguns anos.


Existe hoje uma preferência natural pelo livro de papel porque nossa leitura foi treinada no papel, mas as próximas gerações serão cada vez mais iniciadas e treinadas nos tablets, o que reforçará uma preferência gradual por estes dispositivos.
Enfim, o que temos hoje nas mãos é o retorno a uma “tecnologia” de escrita e leitura de aproximadamente 6 mil anos de idade.

* Especialista em Comunicação Empresarial, Design Gráfico, Marketing Digital, Produção Gráfica e E-commerce.

Publicado originalmente no Publiki
Fonte: http://www.blogdogaleno.com.br/