segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Biblioteca na Era Digital

A Biblioteca Digital da Baviera (Alemanha) digitalizará um milhão de livros em parceria com o Google. O diretor Klaus Cenowa diz que o acervo deve estar onde as pessoas estão.
A digitação da biblioteca começou em 1997. Desde o início, o objetivo era disponibilizar via internet os acervos históricos, únicos e valiosos. As obras digitalizadas estão disponíveis para qualquer um gratuitamente na web. Podem ser impressas ou baixadas para uso pessoal ou científico.

Até agora foram digitalizadas cerca de 60 mil obras. Além delas, há cerca de 200 mil livros que estão sendo digitalizados através da parceria público-privada com o Google. No total, devem ser escaneados, no próximo ano, um milhão de livros em parceria com o Google.

Inúmeras bibliotecas se opuseram à iniciativa do Google de digitalizar acervos porque há muito medo em relação a um possível monopólio e um desconforto em relação ao banco de dados cada vez maior do Google. Eu não quero avaliar se esses medos são justos. Nós trabalhamos em excelente parceria com o Google. Sem ele, teria sido impossível digitalizar 1 milhão de livros – cerca de 250 milhões de páginas – em tão pouco tempo.

A biblioteca tem tesouros únicos. Esse patrimônio cultural deve ser acessível a todas as pessoas. E a internet nos oferece essa possibilidade. A digitalização significa também uma democratização do acesso ao conhecimento e à cultura.

Quase todas as obras estão em domínio público. No entanto, há uma parceria com algumas grandes editoras científicas. Após o pagamento de uma taxa, obras protegidas são digitalizadas e podem ser acessadas de graça pelo consumidor final.

Não há um único processo de digitalização. Manuscritos únicos são escaneados e digitalizados com a chamada mesa fotográfica de Graz. Para outros materiais utilizamos robôs scanners, que conseguem digitalizar até mil páginas por hora. Também há scanners especiais para mapas e scanners 3D. O escaneamento é a parte mais simples de todo o processo de digitalização, que engloba da logística no depósito ao armazenamento digital permanente.

Os principais desafios das bibliotecas hoje devem oferecer seus serviços e acervos onde quer que o usuário esteja na rede – isto é, no Google, no Facebook, no Yahoo, no WorldCat – e também em ambientes de estudo e pesquisa especializados. Esta diversidade não pode levar a uma perda de identidade. As bibliotecas devem se redefinir como local de troca cultural, de comunicação e de encontro – além de salas de leitura e depósitos.


domingo, 6 de novembro de 2011

Herói devedor de livros emprestados

Jorge Washington
herói da independência
dos EUA
Sabe o primeiro presidente dos EUA? Sim! Ele mesmo! George Washington - O herói da independência. Ele costumava pedir livros emprestados à Biblioteca de Nova York. A atual direção fez um levantamento retroativo das atividades da biblioteca e descobriu que se George estivesse vivo ele teria de pagar a instituição multa de 300 mil dólares. Só de obras que ele levou para ler e nunca devolveu. Conheça algumas: "Lei das nações" (um tratado sobre relações internacionais) e "Transcrições da Câmara dos Comuns" (Parlamento Britânico). Herói caloteiro. O inusitado dessa história é que a informação ficou guardada a sete chaves por tempos porque se tratava do primeiro e maior dignitário da nação norte-americana.